Lesões Ligamentares

Sintomas, tratamento e retorno seguro às atividades

Lesões ligamentares acontecem quando os ligamentos — faixas de tecido resistente que estabilizam as articulações — sofrem estiramento (entorse), ruptura parcial ou ruptura total. No joelho, elas são particularmente comuns e envolvem, com maior frequência, os ligamentos cruzados (anterior e posterior) e os colaterais (medial e lateral).

Os mecanismos típicos incluem torções, traumas diretos e movimentos bruscos (mudanças rápidas de direção, aterrissagens mal controladas, contato em esportes). Os sintomas mais relatados são:

• Dor localizada, que pode ser imediata ou surgir horas após o trauma.
• Inchaço (edema) e, em alguns casos, derrame articular.
• Sensação de falseio (“o joelho sai do lugar”) e instabilidade funcional.
• Limitação de movimento e dificuldade para apoiar o peso.

Além do trauma, aumentam o risco de lesões: histórico prévio de entorses, fraqueza ou desequilíbrios musculares, falhas no controle neuromuscular (propriocepção), técnica inadequada nos gestos esportivos, fadiga, calçado inadequado e retorno precoce ao esporte após uma lesão anterior.

Quando não tratadas corretamente, as lesões ligamentares podem gerar instabilidade crônica, favorecer sobrecarga de meniscos e cartilagem e limitar atividades simples como caminhar, subir escadas ou agachar — sem falar no impacto emocional de ficar afastado do esporte ou do trabalho.

Graus de lesão (visão prática)

• Grau I (leve): estiramento sem ruptura significativa; dor e leve instabilidade.

• Grau II (moderada): ruptura parcial; dor, edema e instabilidade perceptível.

• Grau III (grave): ruptura completa; instabilidade marcante e limitação funcional importante.

O diagnóstico e a definição do grau dependem de avaliação clínica especializada e, quando necessário, de exames de imagem solicitados pelo médico.

Na Clínica Reab, em Florianópolis, conduzimos a reabilitação de maneira individualizada, tanto em casos pós-cirúrgicos (por exemplo, reconstrução do LCA) quanto nos tratamentos conservadores (sem cirurgia). Nosso foco é recuperar função, força e segurança articular, respeitando o tempo biológico de cicatrização e as particularidades de cada pessoa.

Como estruturamos o plano de reabilitação

1. Fase inicial: controle de dor e inflamação

   • Eletroterapia para analgesia e modulação inflamatória.

   • Mobilizações articulares suaves e técnicas manuais para reduzir rigidez e melhorar a circulação local.

   • Proteção articular (orientações de apoio, uso de órtese quando indicada pelo médico), além de recomendações de gelo e elevação para controle do edema.

   • Ativação muscular precoce e exercícios isométricos seguros para minimizar atrofia.

2. Fase subaguda: recuperar mobilidade e força

   • Progressão das mobilizações e ganho de amplitude de movimento de forma criteriosa.

   • Exercícios de fortalecimento focados em quadríceps, isquiotibiais, glúteos e panturrilhas, priorizando cadeia cinética fechada e alinhamento articular.

   • Introdução de treinos de equilíbrio e propriocepção, essenciais para reeducar o controle neuromuscular.

3. Fase de desempenho funcional

   • Propriocepção avançada (superfícies instáveis, mudanças de direção, tarefas dual-task).

   • Pliometria e agilidade progressivas quando clinicamente apropriadas.

   • Treino de padrões de movimento (agachamento, corrida, salto e aterrissagem) com feedback para reduzir compensações.

4. Retorno ao esporte e prevenção de recidivas

   • Aplicamos critérios objetivos (força comparativa, testes funcionais, controle de edema e dor, qualidade do movimento, confiança do paciente) para definir o momento certo de voltar às atividades.

   • Entregamos um programa de prevenção com ênfase em força, estabilidade do core/quadril, propriocepção, técnica de aterrissagem e progressão de carga.

Métodos utilizados (selecionados conforme sua necessidade)

• Exercícios de fortalecimento muscular com periodização e progressão de carga.

• Mobilizações articulares e terapia manual para dor, mobilidade e qualidade do movimento.

• Treinos de equilíbrio e propriocepção para restaurar a estabilidade dinâmica e reduzir o “falseio”.

• Eletroterapia para analgesia e controle de inflamação, além de estimulação neuromuscular quando indicada para combater atrofia.

• Educação e autocuidado: orientações claras sobre carga, retorno às atividades, proteção e sinais de alerta.

Nosso objetivo é que você retorne às suas atividades com segurança e confiança, evitando ciclos de lesões recorrentes.

• Atendimento humanizado e centrado no paciente: escutamos sua história, entendemos sua rotina e metas (trabalho, lazer, esporte) e customizamos a reabilitação.

• Equipe experiente: fisioterapeutas com sólida vivência clínica em reabilitação musculoesquelética, atualizados com as melhores evidências científicas.

• Avaliação funcional avançada para retorno ao esporte: analisamos força, simetria, controle neuromuscular e padrões de movimento para reduzir riscos de nova lesão.

• Estrutura moderna e acompanhamento próximo: progresso monitorado sessão a sessão, com reavaliações periódicas e comunicação direta com o paciente — e com o médico, quando necessário.

• Plano sustentável: reabilitação pensada para resultados duradouros, incluindo estratégias de manutenção e prevenção.